Pular para o conteúdo principal

Pteridófitas Características e reprodução


Colégio Estadual Dinah Gonçalves
email accbarroso@hotmail.com        



As samambaias são as pteridófitas mais abundantes
Você pode achar o nome "pteridófita" um pouco estranho e complicado. Mas, com certeza, ao menos uma pteridófita certamente você conhece bem: são as samambaias. Outros exemplos, bem menos conhecidos, são as espécies pertencentes ao grupo dosEquisetum e dos Psilotum.

Os registros fósseis indicam que essas plantas já eram comuns desde o período Carbonífero, há cerca de 360 milhões de anos. No Carbonífero superior, a vegetação da Terra era em grande parte dominada por pteridófitas de grande porte. Estas chegavam a medir cerca de 8 metros de altura, assemelhando-se a árvores.

Atualmente, existem cerca de 11.000 espécies de pteridófitas; a grande maioria ocorre em regiões tropicais. Porém, existem algumas espécies que habitam regiões temperadas ou semidesérticas. Muitas espécies são epífitas, ou seja, crescem sobre outras plantas, porém, não se alimentam dos tecidos ou da seiva de seu hospedeiro. Existem desde espécies muito pequenas até algumas que chegam a atingir mais de 20 metros de comprimento, cujas folhas possuem mais de 5 metros!

As pteridófitas são as primeiras plantas a apresentar tecidos especializados na condução de água e nutrientes. Ou seja, diferentemente das briófitas, as pteridófitas são plantas vasculares. Existem vasos especializados em conduzir a água e os sais minerais, chamados de xilema (ou lenho), e outros que conduzem a seiva elaborada, o floema (ou líber). A presença de vasos condutores permite que a água e os nutrientes sejam transportados de maneira eficiente por longas distâncias. Esta característica permite que elas atinjam tamanhos muito maiores do que os musgos.

O corpo das pteridófitas já apresenta a diferenciação em raiz, caule e folhas. As raízes formam o sistema radicular, responsável por fixar a planta ao substrato e pela absorção de água e nutrientes.

O caule sustenta o corpo vegetal e realiza o transporte de substâncias entre raízes e folhas e vice-versa. Em muitas espécies, o caule cresce abaixo da superfície do solo, ou seja, é um tipo de caule subterrâneo chamado de rizoma. Em outras espécies, o caule é aéreo e pode atingir vários metros de altura.

As folhas muitas vezes são divididas em pequenas partes, chamadas de folíolos. As pteridófitas não possuem flores, frutos ou sementes.

Reprodução das pteridófitas
Algumas espécies de pteridófitas apresentam reprodução assexuada através do brotamento. O novo broto surge a partir do caule da planta mãe e, após se desprender desta, origina um novo indivíduo.

Assim como nos demais vegetais, na reprodução sexuada das pteridófitas ocorre a alternância entre dois tipos de gerações, uma haplóide (n) e outra diplóide (2n). Por isso o ciclo é chamado de haplodiplobionte. A geração haplóide é o gametófito, estrutura que produz gametas através da mitose. A geração diplóide é o esporófito, que produz esporos através da meiose.

Se você ainda se lembra, nas briófitas o gametófito é a geração dominante. O esporófito é ligado ao gametófito e é dependente deste. Já nas pteridófitas, o esporófito é a geração dominante e de vida livre. Esta característica se mantém em todas as demais plantas vasculares. O gametófito das pteridófitas é chamado de protalo. Ele possui a forma de um coração, é bem menor que o esporófito e é de curta duração.

Quando os esporófitos amadurecem, eles produzem esporos haplóides (n) através de meiose, no interior de estruturas chamadas de esporângios. Os esporângios encontram-se reunidos ao longo dos folíolos. Os conjuntos de esporângios formam os soros, que são aqueles pequenos pontos pretos que podemos observar ao longo das folhas das pteridófitas. Os esporângios se rompem e liberam os esporos no ambiente. Quando estes encontram um substrato com condições adequadas de umidade e luminosidade, germinam e dão origem ao gametófito haplóide (n).

O gametófito (ou protalo) é hermafrodita, e, através de divisões mitóticas, produz os gametas masculinos, chamados anterozóides (n), e os femininos, as oosferas (n). Quando maduros, e na presença de água, os anterozóides são liberados e fecundam as oosferas. Pode ocorrer tanto a autofecundação quanto a fecundação cruzada, entre gametófitos que estejam próximos um do outro. Em seguida, o gametófito se degenera.

A fecundação, ou seja, a união dos anterozóides com as oosferas, origina um zigoto diplóide (2n). O zigoto se desenvolve originando um novo esporófito (2n), que corresponde à planta adulta.
Alice Dantas Brites é professora de biologia.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

EQUAÇÃO DE 1° GRAU

EQUAÇÃO DE 1° GRAU SENTENÇAS Uma sentença matemática pode ser verdadeira ou falsa exemplo de uma sentença verdadeira a) 15 + 10 = 25 b) 2 . 5 = 10 exemplo de uma sentença falsa a) 10 + 3 = 18 b) 3 . 7 = 20 SENTEÇAS ABERTAS E SENTENÇAS FECHADAS Sentenças abertas são aquelas que possuem elementos desconhecidos. Esses elementos desconhecidos são chamados variáveis ou incógnitas. exemplos a) x + 4 = 9 (a variável é x) b) x + y = 20 (as variáveis são x e y) Sentenças fechada ou são aquelas que não possuem variáveis ou incógnitas. a) 15 -5 = 10 (verdadeira) b) 8 + 1 = 12 (falsa) EQUAÇÕES Equações são sentenças matemáticas abertas que apresentam o sinal de igualdade exemplos a) x - 3 = 13 ( a variável ou incógnita x) b) 3y + 7 = 15 ( A variável ou incógnita é y) A expressão à esquerdas do sinal = chama-se 1º membro A expressão à direita do sinal do igual = chama-se 2º membro RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU COM UMA VARIÁVEL O processo de res

VALOR NÚMERICO DE UMA EXPRESSÃO ALGÉBRICA

Para obter o valor numérico de uma expressão algébrica, você deve proceder do seguinte modo: 1º Substituir as letras por números reais dados. 2º Efetuar as operações indicadas, devendo obedecer à seguinte ordem: a) Potenciação b) Divisão e multiplicação c) Adição e subtração IMPORTANTE! Convém utilizar parênteses quando substituímos letras por números negativos Exemplo 1 Calcular o valor numérica de 2x + 3a para x = 5 e a = -4 2.x+ 3.a 2 . 5 + 3 . (-4) 10 + (-12) -2 Exemplo 2 Calcular o valor numérico de x² - 7x +y para x = 5 e y = -1 x² - 7x + y 5² - 7 . 5 + (-1) 25 – 35 -1 -10 – 1 -11 Exemplo 3 Calcular o valor numérico de : 2 a + m / a + m ( para a = -1 e m = 3) 2. (-1) + 3 / (-1) + 3 -2 + 3 / -1 +3 ½ Exemplo 4 Calcular o valor numérico de 7 + a – b (para a= 2/3 e b= -1/2 ) 7 + a – b 7 + 2/3 – (-1/2) 7 + 2/3 + 1 / 2 42/6 + 4/6 + 3/6 49/6 EXERCICIOS 1) Calcule o valor numérico das expressões: a) x – y (para x =5 e y = -4) (R:

OPERAÇÕES COM RADICAIS

RADICAIS SEMELHANTES Radicais semelhantes são os que têm o mesmo índice e o mesmo radicando Exemplos de radicais semelhantes a) 7√5 e -2√5 b) 5³√2 e 4³√2 Exemplos de radicais não semelhantes a) 5√6 e 2√3 b) 4³√7 e 5√7 ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO 1º CASO : Os radicais não são semelhantes Devemos proceder do seguinte modo: a) Extrair as raízes (exatas ou aproximadas) b) Somar ou subtrair os resultados Exemplos 1) √16 + √9 = 4 + 3 = 7 2) √49 - √25 = 7 – 5 = 2 3) √2 + √3 = 1,41 + 1,73 = 3,14 Neste último exemplo, o resultado obtido é aproximado, pois √2 e √3 são números irracionais (representação decimal infinita e não periódica) EXERCÍCIOS 1) Calcule a) √9 + √4 = 5 b) √25 - √16 = 1 c) √49 + √16 = 11 d) √100 - √36 = 4 e) √4 - √1 = 1 f) √25 - ³√8 = 3 g) ³√27 + ⁴√16 = 5 h) ³√125 - ³√8 = 3 i) √25 - √4 + √16 = 7 j) √49 + √25 - ³√64 = 8 2º CASO : Os radicais são semelhantes. Para adicionar ou subtrair radicais semelhantes, procedemos como na redução de